quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Moura do Castelo de Tavira


Meia-noite além ressoa
Cerca das ribas do mar
Meia-noite é dada
E o povo ainda a folgar.
Em meio de tal folguedo
Todos quedam sem falar
Olhos voltam ao castelo
Para ver, para avistar
A linda moura encantada
Que era triste a suspirar.

-Quem se atreve, ai quem se atreve
Ir ao castelo e trepar
Para vencer o encanto
Que tanto sabe encantar?
-Ninguém há que a tal se atreva
Não há que em mouros fiar
Quem lá fosse a tais desoras
Para só desencantar assim correra
De não mis de lá voltar.

Ai que linda formosura
Quem a pudera salvar!
O alvor dos seus vestidos
Tem mais brilho que o luar
Doces, tão doces suspiros
Onde ouvi-los suspirar…?

Assim um bom cavaleiro
Só se estava a delatar
Em amor lhe ardia o peito
Em deseijos seu olhar.
Três horas eram passadas
Neste continuo anceiar
Cavaleiros de armas brancas
Nunca soube arreceiar
Invoca a linda mourinha
Mas não ouve a D. Raimundo
Mais que a moura conquistar
Vai subir para muro acima
Sente os pés a resvalar
Ai que era passada a hora
De a poder desencantar! …

Já lá vinha a estrela d’ alva
Com seus brilhos a raiar
No mais alto do castelo
Já mal se via alvejar
A fina branca roupagem
Da linda filha de Agar.
Ao romper do claro dia
Para mais bem se pasmar
Sobre o castelo uma nuvem
Era apenas a pairar
Jurava o povo , jurava
E teimava em afirmar
Que dentro daquela nuvem
Vira a donzela entrar.
D. Raimundo d’ enraivado
De não poder-lhe chegar
Dali parte e contra os mouros
Grande briga vai armar,
Por fim ganha um bom castelo Mas … sem moura para amar.

Retirado do livro : Lendas Portuguesas

A zona do Sotavento algarvio

Vamos conhecer a região onde vivemos. Chama-se Algarve e este distrito de Portugal está dividido em vários concelhos. Entrem connosco nesta viagem pelos vários concelhos do Algarve. Neste artigo vamos dar-vos a conhecer os diversos concelhos da zona do Sotavento algarvio.


........................................................................................................................................................................
TAVIRA
Tavira também é um dos locais elegidos pelos turistas e mesmo residentes, para visitar ou para passar umas magnificas ferias.Tem varias actividades que atraem até os mais receosos. Poderá ainda aproveitar para ir a ilha de Tavira, sitio magnifico que poderá frequentar através de barco, ou então poderá ainda visitar as famosas cabanas de Tavira.Tavira é uma cidade portuguesa no Distrito de Faro, região e subregião do Algarve, com cerca de 12 576 habitantes (censo de 2001).É sede de um município com 607,17 km² de área e 24 997 habitantes (censo de 2001), subdividido em 9 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Alcoutim, a leste por Castro Marim e pela parte ocidental do concelho de Vila Real de Santo António, a sudoeste por Olhão, a oeste por São Brás de Alportel e por Loulé e a sul tem litoral no oceano Atlântico. Fica na zona Sotavento (Algarve oriental).

ALCOUTIM
A travessia de barco encontra-se entre Alcoutim e Sanlúcar de Guadiana, a única ligação entre estas duas cidades, faz-se a partir do porto um pouco abaixo da Igreja Matriz.A Igreja Matriz de Alcoutim fica situada na margem do Rio Guadiana, que faz fronteira com a vizinha Espanha. Este portal extraordinário remonta ao século XVI. .O castelo, construído no século XIV, é um testemunho dos conflitos armados entre Portugal e a vizinha Espanha, de outros tempos. Foi reforçado no século XVII para resistir às crescentes ameaças de artilharia e somente em 1878 foi terminado o seu papel militar. Hoje em dia, o castelo alberga um museu, exibindo as ruínas das antigas muralhas e artefactos arqueológicos.Vista em direcção ao Rio Guadiana a caminho de Vila Real de St.António para Alcoutim na EN507.

CASTRO MARIM
As primeiras povoações nesta região, que muito provavelmente concentraram-se sobre o cerro onde encontra-se o actual castelo, remontam aproximadamente 5 000 anos antes de Cristo. Naquela época, Castro Marim estava situada junto ao mar e era possivelmente uma ilha. Por milhares de anos, a localidade serviu de porto para as embarcações que velejavam no rio Guadiana até às minas de ferro e cobre existentes a Norte. Durante a ocupação árabe foi edificada uma fortaleza, cujo núcleo deu origem ao actual castelo. Devido à sua localização estratégica junto à fronteira com o Reino de Castela, em Espanha, Castro Marim tornou-se, depois da reconquista pelos cristãos, a sede da Ordem de Cristo. Com a transferência do quartel general desta ordem militar e religiosa para Tomar, Castro Marim perdeu a sua importância e a sua população reduziu-se consideravelmente. O período de estagnação, originado pelo afastamento do mar e pela consequente perda da sua base económica – a pesca, a produção de sal e a construção de barcos – vem sendo ultrapassado com o recente desenvolvimento do sector turístico na região.

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
Vila Real Santo António, pertence ainda ao concelho e cidade de Faro, ficando a apenas 80km do aeroporto. Têm 14000 habitantes. Vila Real de Santo António, situada na fronteira com a Espanha, foi desde a sua origem – provavelmente nos tempos dos Fenícios - um pequeno porto de pesca. Depois do grande terramoto de 1755, a cidade foi totalmente projectada e construída pelo Marquês de Pombal, um influente ministro de D. José I, Rei de Portugal (1750-1777), que também ordenou a construção do novo centro de Lisboa. A popular localidade turística de Monte Gordo, situada na costa e a 5 km a Oeste do centro de Vila Real, oferece ao veranista extensas praias de areias alvas orladas por pinheirais. A confortável travessia do rio Guadiana em ferryboat até à pitoresca cidade de Ayamonte, na margem espanhola, é um agradável programa alternativo.
Praias com bandeira azul 2008: Manta Rota; Monte Gordo; Lota; Santo António

FARO
Faro é a capital do Algarve, localiza-se na zona central do litoral algarvio, junto à costa atlântica, inserido na paisagem ímpar da Reserva Natural da Ria Formosa, uma das mais importantes da Europa. A Ria Formosa estende-se desde a Quinta do Lago até Cacela Velha, num emaranhado de esteiros e ilhas separadas do mar por uma linha descontínua e frágil de dunas. A visita da Ria (guiada) vale por vários compêndios de botânica, zoologia e ecologia tal a riqueza da fauna e a beleza escondidas por entre o emaranhado de esteiros e canais, e se, no final da vista, o visitante aproveitar para um mergulho nas Praia da Barrinha ou da Deserta, onde só se chega por barco, poderá certamente afirmar que já conhece o paraíso.As principais actividades económicas desta cidade, são a actividade piscatória, o turismo e a indústria. Foram os caminhos-de-ferro que trouxeram a esta cidade um crescimento urbano notório.O Aeroporto Internacional, a Universidade do Algarve e a localização dos principais serviços públicos e sedes distritais de bancos e empresas conferem a Faro o estatuto de cidade mais importante do Algarve. A universidade oferece aos estudantes vários cursos, e talvez também pelo clima, os estudantes do norte preferem vir estudar nesta cidade algarvia tórrida e cheia de alegria, vitalidade e juventude.As freguesias de Estói e Santa Bárbara, mercê das deslumbrantes paisagens que oferecem, valorizadas pela exposição a sul, ganharam a justificada fama de "golden places" que a importante comunidade de residentes estrangeiros ali fixados lhes vêm atribuindo. A proximidade dos melhores campos de golfe da Europa, da Marina de Vilamoura e do Aeroporto, a menos de 15 minutos a partir de qualquer ponto do concelho, a variada oferta comercial e de lazer, a abundante oferta gastronómica tradicional da região no triângulo Olhão/S. Brás de Alportel/Loulé de que Faro é o centro proporcionam excelentes oportunidades para o investimento em imobiliário turístico, quer na vertente residencial quer na vertente de puro investimento.
.
OLHÃO
Olhão tem origem na palavra árabe, «AL-HAIN», que significa "fonte"ou "nascente".Sucessivas modificações fonéticas e fonológicas, originaram o actual termo OLHÃO.Considerado a capital da Ria Formosa, Olhão apresenta boas condições para o desenvolvimento do turismo, em especial nas vertentes ligadas ao mar e às actividades náuticas, são estas as principais actividades económicas desta região algarvia.Na última metade do séc. XIX, a actividade comercial dos marítimos olhanenses, leva-os até ao Mediterrâneo Oriental, incluindo o Mar Negro. Daí trazem os padrões da arquitectura típica que aplicam na construção das suas habitações e que valeu a Olhão a alcunha de "vila cubista".A pouca distância de Faro (10 minutos), de Tavira (15 minutos) e dos campos de golfe de Vilamoura (25 minutos) e de Tavira (25 minutos), são factores que garantem uma boa visita e estadia a esta terra.

http://asmaravilhasdoalgarve.blogspot.com/

D. Paio Peres Correia

D. Paio Peres Correia nasceu no ano de 1205, em Monte de Fralães, (Barcelos), onde ficava a tradicional casa desta nobre família. As Inquirições assinalam a presença dos seus irmãos, de uma irmã e de outros parentes em freguesias da vizinhança.
No reinado de D. Sancho II, encontramo-lo em Alcácer do Sal; a partir de 1228 vai ter como primeiro palco da sua acção o Alentejo, conquistando Aljustrel, Alvalade, Juromenha, Beja e Mértola, descendo depois até ao Algarve, conquistando Alcoutim, Vaqueiros, Ayamonte, Cacela e Tavira.
De acordo com a Crónica da Conquista do Algarve, Tavira foi conquistada aos mouros, em Junho de 1239, por Dom Paio Peres Correia, como represália pela morte de sete dos seus cavaleiros.
Em 1242, torna-se em Mérida Grão-Mestre da Cavalaria de S. Tiago e passou então a estar ao serviço de Fernando III de Leão e Castela e de seu filho, o futuro Afonso X de Leão e Castela, vivendo naturalmente no reino de Castela. Terá passado algum tempo no Seixal, onde fundou a aldeia com o seu nome: Aldeia de Paio Pires.
Alguns anos adiante, voltou ao Algarve, no reinado de D. Afonso III de Portugal, e trouxe para a posse cristã a parte restante do Algarve. Um dos pontos altos da sua acção militar aconteceu na tomada de Sevilha, onde teve uma acção de grande relevo, como testemunha, por exemplo, a Crónica Geral de Espanha de 1344.
Falecido em 1275 em Talavera de la Reina, os seus restos mortais foram levados no século XVI para Tentudia. É improvável que alguma vez tenham sido trasladados para Tavira, para a Igreja de Santa Maria do Castelo.D. Paio Peres Correia é também patrono de uma escola em Tavira.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paio_Peres_Correia

O Jardim do Coreto


É o mais antigo jardim público de Tavira. As suas obras têm início em 1890, culminando uma série de modificações que se operam na margem direita do Gilão, com a construção do Mercado Municipal (inaugurado em 1887) e dos muros de suporte e regularização das margens do rio.
Não é pacífica a construção do jardim. O destino a dar às obras diante do novo Mercado é um tema frequentemente debatido nas assembleias municipais do ano de 1889, onde se manifestam duas correntes opostas: uma favorável ao ajardinamento da praça e outra contrária, a favor da simples arborização - devido ao acréscimo de despesa que o jardim representaria para as débeis finanças locais. Levam vantagem os partidários do ajardinamento após o parecer decisivo do Director de Obras Públicas do Distrito de Faro, Dr. Estêvão Afonso. Este não só se mostra favorável ao ajardinamento da praça, como também oferece à Câmara de Tavira o projecto a seguir para o efeito, a 21 de Maio de 1890.
Em poucos anos o Jardim do Coreto transforma-se num ponto obrigatório de reunião e sociabilização dos tavirenses. Celebram-se nele as festividades locais com concertos de música, quermesses, caprichosas iluminações e tendas de venda. Ao início, a sua planta rectangular é atravessada por um longo passeio central em terra batida, sendo preenchida por pequenos caminhos secundários e divergentes, orlados de várias espécies de árvores, flores e arbustos. No centro, uma área de circulação mais ampla e liberta de canteiros acolhe o coreto, em torno do qual se reúnem as multidões nos dias de concerto. O jardim difere ao início do que é hoje. Este traçado "orgânico" oitocentista é alterado pelas linhas mais regulares do século XX no traçado dos canteiros e dos passeios. Durante o século passado operam-se modificações, também, na composição vegetal e no tipo de pavimento - hoje em calçada portuguesa.

CANIL MUNICIPAL DE TAVIRA


O Canil Municipal de Tavira é um espaço de alojamento provisório de animais, constituído por quatro compartimentos, com capacidade para 2 ou 3 animais cada (tendo em consideração o tamanho do animal). Situado no antigo matadouro, acolhe e trata os animais capturados na via pública ou entregues por munícipes do concelho de Tavira. Caso não se verifique a reclamação dos animais, a Câmara Municipal de Tavira, após decorridos 8 dias, pode ceder os animais para adopção a particulares ou a entidades públicas ou privadas que demonstrem possuir os meios necessários ao seu tratamento digno.


Recolha de animais na via pública

Os serviços municipais procedem à recolha de animais que se encontrem abandonados, perdidos na via pública, sujeitos a condições onde não se verifiquem os parâmetros mínimos de bem – estar animal, ou a pedido das autoridades competentes.

Encontrou um animal abandonado na via pública: o que fazer?

Se encontrar um animal abandonado na via pública, um animal vítima de acidente/atropelamento, ou um cadáver, deverá contactar as autoridades, que, após tomarem conta da ocorrência no local, entram em contacto com os serviços municipais, que procederão à recolha do mesmo.

Human Planet - Web exclusive series trailer - BBC One

Ponte Romana da cidade de Tavira


Reflectida no rio Gilão, a Ponte Romana de Tavira, também conhecida por “ Ponte Romântica de Tavira” (devido ao facto de se pensar que foi construída ou reconstruída no século III), é um dos símbolos da cidade de Tavira.
Fazendo a ligação das duas margens do Gilão, esta ponte sofreu muitas alterações ao longo dos tempos, ficando, portanto, igual como se encontra actualmente, no século XVII.
Desde as grandes cheias que se sucederam em Tavira, no ano de 1989, a ponte selou o acesso ao trânsito, ficando apenas com acesso pedonal.
Hoje em dia, quem vem a Tavira, não consegue deixar de passar por esta bela ponte situada no centro da cidade.

Baseado em
http://www.guiadacidade.pt/portugal/poi/15560/08/ponte-romana-de-tavira

Lenda das Amendoeiras – Algarve

Há muito tempo no reino do Algarve, antes da independência de Portugal, quando o Algarve pertencia aos mouros, havia ali um rei mouro que desposara uma rapariga do norte da Europa, à qual davam o nome de Gilda.
Era encantadora essa criatura, a quem todos chamavam a "Bela do Norte", e por isso não admira que o rei, de tez cobreada, tão bravo e audaz na guerra, a quisesse para rainha.
Apesar das festas que houve nessa ocasião, uma tristeza se apoderou de Gilda. Nem os mais ricos presentes do esposo faziam nascer um sorriso naqueles lábios agora descorados: a "Bela do Norte" tinha saudades da sua terra.
O rei conseguiu, enfim, um dia, que Gilda, em pranto e soluços, lhe confessasse que toda a sua tristeza era devida a não ver os campos cobertos de neve, como na sua terra.
O grande temor de perder a esposa amada sugeriu, então, ao rei uma boa ideia. Deu ordem para que em todo o Algarve se fizessem plantações de amendoeiras, e no princípio da Primavera, já elas estavam todas cobertas de flores.
O bom rei, antevendo a alegria que Gilda havia de sentir, disse-lhe:
- Gilda. Vinde comigo à varanda da torre mais alta do castelo e contemplareis um espectáculo encantador!
Logo que chegou ao alto da torre, a rainha bateu palmas e soltou gritos de alegria ao ver todas as terras cobertas por um manto branco, que julgou ser neve.
- Vede – disse-lhe o rei sorrindo – como Alá é amável convosco. Os vossos desejos estão cumpridos!
A rainha ficou tão contente que dentro em pouco estava completamente curada. A tristeza que a matava lentamente desapareceu, e Gilda sentia-se alegre e satisfeita junto do rei que a adorava. E, todos os anos, no início da Primavera, ela via do alto da torre, as amendoeiras cobertas de lindas flores brancas, que lhe lembravam os campos cobertos de neve, como na sua terra.
http://web.educom.pt/pr1305/lenda_das_amendoei.htm

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Moura Encantada


A noite de S. João é, desde tempos imemoriais, a noite das mouras encantadas. A tradição conta que no castelo de Tavira existe uma moura encantada que todos os anos aparece nessa noite para chorar o seu triste destino. Os mais antigos dizem que essa moura é a filha de Aben - Fabila, o governador mouro da cidade que desapareceu quando Tavira foi conquistada pelos cristãos, depois de encantar a sua filha. A intenção do mouro era voltar a reconquistar a cidade e assim resgatá-la, mas nunca o conseguiu. Existe uma lenda que conta a história de uma grande paixão de um cavaleiro cristão, D. Ramiro, pela moura encantada. Foi precisamente numa noite de S. João que tudo aconteceu. Quando D. Ramiro avistou a moura nas ameias do castelo, impressionou-o tanto a sua extrema beleza como a infelicidade da sua condição. Perdidamente enamorado, resolveu subir ao castelo para a desencantar. A subida através dos muros da fortaleza não se revelou tarefa fácil e demorou tanto a subir que, entretanto, amanheceu e assim passou a hora de se poder realizar o desencanto. Diz o povo que a moura, mal rompeu a aurora, entrou em lágrimas para a nuvem que pairava por cima do castelo, enquanto D. Ramiro assistia sem nada poder fazer. A frustração do jovem cavaleiro foi tão grande que este se empenhou com grande fúria nas batalhas contra os Mouros. Conquistou, ao que dizem, um castelo, mas ficou sem moura para amar…


A Praia do Barril



A Praia do Barril pertence ao sistema de ilhas denominadas
Ilhas barreira. Está localizada no concelho de Tavira, na freguesia de Santa Luzia. Para chegar à Praia do Barril poderá fazê-lo utilizando o comboio ou indo a pé, optando assim por uma deslocação mais saudável e ecológica. A segunda hipótese possibilita, também, uma melhor observação de grande variedade de espécies animais e vegetais.Na travessia do sapal, e durante a baixa-mar, poderá observar uma espécie de caranguejo, a Boca Cava - Terra (Uca tangeri), assim como algumas aves aquáticas, tal como o Perna - longa (Himantopus himantopus). Ao longo do sistema dunar podemos encontrar espécies de vegetação como a Aetheorhiza bulbosa, a Ammophila arenaria (estorno), a Anagallis monelli, a Armeria pungens (Armeria) e a Eryngium maritimum (cardo marítimo).Na zona dunar, em frente aos estabelecimentos de restauração, podemos observar o Cemitério das Âncoras. O Arraial, que hoje está recuperado e a funcionar como apoio de praia, servia há algumas décadas atrás, para albergar os pescadores da faina do atum e as respectivas famílias.A Praia do Barril tem sido, desde 1987, galardoada com Bandeira Azul e distingue-se pela qualidade do seu ambiente limpo e saudável e por possuir serviços de limpeza, segurança e informação aos utentes. Venha conhecê-la.

Uma maravilha de Tavira



O lindíssimo Pego do Inferno situa-se na freguesia de Santo Estêvão, a cerca de 7km de Tavira, e constitui uma das mais bonitas paisagens Algarvias, embora que distinta da imagem turística do Algarve da costa dourada.·O Pego do Inferno é uma das quedas de água da ribeira da Asseca, um dos mais importantes cursos de água da região de Tavira.·Recentemente esta lindíssima envolvente foi submetida a uma eficaz requalificação do espaço, delineando um agradável percurso, que enriqueceu ainda mais toda a paisagem. De facto, o ponto alto deste percurso é o bonito Miradouro do Pego, onde se pode admirar a grande beleza da queda de água que deleita quem a visiona, e oferece mergulhos refrescantes nos meses de verão.·A queda de água forma uma lagoa redonda, de um verde mediterrânico, rodeada de uma refrescante área arborizada.·O acesso ao Pego do Inferno, após o estacionamento, faz-se durante cerca de 100 metros até se aceder a uma escadaria de madeira, começando aí o percurso propriamente dito, levando a descida até ao Pego cerca de 300 a 400 metros.·
Muitos jovens hoje em dia gostam de saltar da famosa corda do pego em que, mais ou menos fica a 5 ou 6 metros acima da água, e para os mais calminhos um sitio com uma boa sombra de árvore ao pé dos sons da água.
O pego é muito divertido para fazer um piquenique em família.
Uma maravilha!

A Lenda do Pego do Inferno

Diz-se que há muitos anos, uma carroça se despenhou no pego, caindo os ocupantes na lagoa. Os cadáveres dos ocupantes da carroça e os dos animais que a puxavam nunca foram localizados e os mergulhadores não conseguiram encontrar o fundo da lagoa, chamando então ao local “Pego do Inferno.


O Castelo de Tavira

O castelo de Tavira terá sido conquistado aos muçulmanos por volta de 1240, pelas forças de D. Paio Peres Correia, Mestre da Ordem de Santiago a quem D. Sancho II, doou a região de Tavira.

Esta região, segundo as campanhas arqueológicas realizadas, tem ocupação humana desde a pré-história, existindo vestígios de várias épocas como, um troço de muralha Fenícia, do século VIII a.C.

Em 1292, o rei D. Dinis, mandou fazer reparações e o reforço das defesas do castelo, assim como a construção da Torre de Menagem. Com a época dos descobrimentos Tavira viria a crescer em importância, que se manteve até à Guerra da Restauração, quando o castelo foi modernizado, por ordem de D. João VI. Em 1755, o terramoto provocou sérios danos na fortificação, dos quais nunca seria recuperado.

Classificado como Monumento Nacional, o que resta do castelo medieval permite perceber as diversas etapas de construção desta estrutura militar.



http://www.guiadacidade.pt/portugal/poi/15561/08/castelo-de-tavira


Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e de Vila Real de Santo António

Criada a 27 de Março de 1975, segundo o Decreto-Lei n.º 162/75, a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António ocupa uma área de 2090 hectares, correspondente a parte dos concelhos de Castro Marim e Vila Real de Santo António. Trata-se de uma planície aluvial, sujeita a inundações, limitada a norte e a oeste por uma sucessão de colinas, de charcos, valas e riachos, que é percorrida pelos esteiros sinuosos da Lezíria e da Carrasqueira, troços finais de linhas de água de regime irregular que se originam na margem direita do Guadiana. Ao longo deste último, os sapais e esteiros desta reserva abrigam uma fauna e uma flora variadas.A vila de Castro Marim distanciou-se do mar e o sapal que a rodeia emergiu das águas que, no entanto, são ainda uma presença constante em parte importante da área da Reserva Natural.Os sapais, plataformas situadas ao nível do entremarés, são parte terra e parte água, consoante o recuar ou o avançar das águas do mar. A vegetação do sapal inundado é dominada por espécies vegetais, chamadas halofíticas, altamente resistentes à secura provocada pelo excesso de sais no solo, de entre as quais se destaca a morraça, planta que suporta longos períodos de submersão, podendo-se como tal instalar nas cotas mais baixas, onde se aglomera em manchas escuras, adquirindo um aspecto que a torna pouco atraente.Mas a par da morraça podem-se observar outras espécies, como é o caso do valverde-dos-sapais, da erva-sapaleira, da barrilha, do malmequer-da-praia, do junco-marítimo e da erva-de-orvalho.Para além do sapal inundado existe o sapal dito secundarizado, protegido da invasão das águas por meio de um sistema de diques artificiais e que não é mais do que um antigo sapal recuperado para a agricultura - cultivo de cereais, como o trigo, a cevada e a aveia - e para a pecuária - criação de gado ovino e bovino.À medida que nos afastamos do Guadiana, dos esteiros da Lezíria e da Carrasqueira, e nos aproximamos das zonas que não sofrem uma influência directa das marés, a vegetação vai adquirindo uma fisionomia distinta, fazendo-se a transição de uma forma gradual.Nos campos em torno do sapal pratica-se uma agricultura característica da região, com o predomínio do cereal e da vinha. Nos cabeços envolventes, onde ainda persiste uma ou outra bolsa do matarroal mediterrânico, encontram-se espécies que nos são mais familiares tais como o sobreiro, a azinheira, a alfarrobeira, o pinheiro bravo e o pinheiro manso, a amendoeira, bem como o carrasco, a aroeira, o alecrim, o rosmaninho e vários núcleos de palmeira-das-vassouras.

A ilha de Tavira



A Ilha de Tavira é uma ilha arenosa com cerca de 11km de comprimento, localizada junto à costa algarvia, a sul da cidade de Tavira, e faz parte do Parque Natural da Ria Formosa. As suas praias são muito frequentadas por turistas, em especial durante a época balnear; a sua elevada qualidade ambiental é atestada anualmente pela certificação com Bandeira Azul. Os sapais e pequenos canais da Ria Formosa adjacentes à ilha constituem óptimos locais para a observação e estudo de aves marinhas.
Como infraestruturas de apoio ao turismo, a ilha dispõe de um parque de campismo e de concessões de praia durante o período balnear. O acesso é feito através de barcos que partem de Tavira ou do cais das Quatro Águas.
A ilha possui quatro praias. De leste para oeste, encontramos em primeiro lugar a Praia da Ilha de Tavira (ou simplesmente Praia de Tavira), seguindo-se a Praia da Terra Estreita, a Praia do Barril e a Praia do Homem Nu. Nos pontos da ilha mais afastados das concessões de praia o naturismo é tolerado; contudo, na região ocidental da Praia do Barril o naturismo encontra-se legalizado.
A ilha de Tavira é também um óptimo sítio para passar as férias.

Igreja de Santa Maria do Castelo



Tavira é conhecida por ter muitas Igrejas. Contam-se mais de vinte.
Assim, neste trabalho vamos falar da Igreja de Santa Maria do Castelo.
A Igreja de Santa Maria do Castelo foi construída no século XIII, em estilo gótico, provavelmente sobre a antiga mesquita muçulmana. Ficou arruinada na sequência do terramoto de 1755. O Bispo do Algarve D. Francisco Gomes de Avelar, promoveu a sua reconstrução nos finais do século XVIII, atribuindo a responsabilidade do projecto ao arquitecto Francisco fabri. A igreja reconstruída adoptou as formas do neoclassicismo, mas manteve algumas sobrevivências do antigo templo, como por exemplo o pórtico gótico da fachada ou as capelas laterais. Na capela-mor encontra-se o túmulo de D. Paio Peres Correia e o dos sete cavaleiros mártires.

A Praia do Barril pertence ao sistema de ilhas denominadas
Ilhas barreira. Está localizada no concelho de Tavira, na freguesia de Santa Luzia. Para chegar à Praia do Barril poderá fazê-lo utilizando o comboio ou indo a pé, optando assim por uma deslocação mais saudável e ecológica. A segunda hipótese possibilita, também, uma melhor observação de grande variedade de espécies animais e vegetais.Na travessia do sapal, e durante a baixa-mar, poderá observar uma espécie de caranguejo, a Boca Cava - Terra (Uca tangeri), assim como algumas aves aquáticas, tal como o Perna - longa (Himantopus himantopus). Ao longo do sistema dunar podemos encontrar espécies de vegetação como a Aetheorhiza bulbosa, a Ammophila arenaria (estorno), a Anagallis monelli, a Armeria pungens (Armeria) e a Eryngium maritimum (cardo marítimo).Na zona dunar, em frente aos estabelecimentos de restauração, podemos observar o Cemitério das Âncoras. O Arraial, que hoje está recuperado e a funcionar como apoio de praia, servia há algumas décadas atrás, para albergar os pescadores da faina do atum e as respectivas famílias.A Praia do Barril tem sido, desde 1987, galardoada com Bandeira Azul e distingue-se pela qualidade do seu ambiente limpo e saudável e por possuir serviços de limpeza, segurança e informação aos utentes. Venha conhecê-la

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ria Formosa


A Ria Formosa é um Sapal situado na província do Algarve em Portugal, que se estende pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, abrangendo uma área de cerca de 18.400 hectares ao longo de 60 quilómetros desde o rio Ancão até à praia da Manta Rota. E foi considerado um dos mais belos parques do Algarve, tendo uma grande função e um belo habitat.
Trata-se de uma área protegida pelo estatuto de Parque Natural, atribuído pelo Decreto-lei 373/87 de 9 de Dezembro de 1987. Anteriormente, a Ria Formosa tinha estatuto de Reserva Natural, instituído em 1978.
A sul é protegida do Oceano Atlântico por um cordão dunar quase paralelo à orla continental, formado por duas penínsulas (a Península do Ancão, que engloba a praia do Ancão e a praia de Faro; e a Península de Cacela, que engloba a Praia de Cacela Velha e a Praia da Fábrica) e cinco ilhas barreira arenosas (Ilha da Barreta, Ilha da Culatra, Ilha da Armona, Ilha de Tavira e Ilha de Cabanas), que servem de protecção a uma vasta área de sapal, canais e ilhotes.
A norte, em toda a extensão, o fim da laguna não tem uma delimitação precisa, uma vez que é recortada por salinas, pequenas praias arenosas, por terra firme, agricultável e por linhas de água doce que nela desaguam (Ribeira de São Lourenço, Rio Seco, Ribeira de Marim, Ribeira de Mosqueiros e o Rio Gilão).
Tem a sua largura máxima junto à cidade de Faro (cerca de 6 km) e variações que nos seus extremos, a Oeste e a Este, atingem algumas centenas de metros. ;-)

Reconto do texto: "As asas da Lontra Bernardina"

Era uma vez uma lontra chamada Bernardina, ela tinha um sonho que era ganhar asas para voar.
Então, um dia ela decidiu tornar-se cientista. Ela criou muitas coisas, tais como: uma super-cola, uma pomada que cura todas as feridas e muitas mais invenções. Mas nada de asas. A Bernardina não saía do seu laboratório. Desejava voar para outras regiões para as conhecer melhor.
Enquanto ela estava a fazer mais uma tentativa, puf, cai um borrelho mesmo em cima da toca dela a gritar:
-Ai! Ai! A minha perna!
-O que se passou? – perguntou a Bernardina.
-Já há uns dias que me doía a perna e eu estava a voar e de repente caí – explicou ele.
- Espera! – exclamou Bernardina – Eu tenho uma pomada que cura tudo! Eu já volto.
E assim foi. Ele ficou bom num instante. Para lhe agradecer, convidou-a para ir ver o jardim e deu-lhe uma planta chamada murraça.
A lontra correu para o seu laboratório para fazer a experiência, mas ficou toda rosa e gritou:
- Ai, meu Deus! Estou horrível!
Ding-dong, toca a campainha. Era uma andorinha e os seus ovos estavam quase a cair no rio. Então a Bernardina pôs a toca e os óculos e foi a nadar, para os salvar. Depois de um mergulho, a andorinha quis agradecer-lhe e convidou-a para ver aquele lindo pôr-do-sol e no fim deu-lhe uma planta para as suas asas. No entanto, desta vez a lontra Rosa Bernardina ficou com os bigodes com as cores do arco-íris e começou a chorar:
- Oh não, agora estou rosa e com bigodes arco-íris! Isto pode piorar?
Ding-dong, a campainha tocou. Era uma Dourada cujos ovos estavam a ser levados pelo rio e a ficar todos separados. Então, a Lontra Bernardina foi com a sua super-cola e depois de os salvar a Dourada convidou-a para ver os ovos e lá ficaram. Em seguida, a Dourada deu-lhe um saco de plâncton para as suas asas. Mas desta vez, ela ficou rosa, com bigodes arco-íris e com bolinhas azuis e exclamou:
- Ai! Não! Porquê?!
Ding-dong, a campanha toca. Desta vez era o Abana- Abana, o namorado da Bernardina. Então ela contou-lhe tudo o que tinha acontecido e ele disse:
-Meu amor, porque não usas os três ao mesmo tempo?
E assim foi. A Bernardina ficou normal e ainda ganhou asas.
No dia da festa ela mostrou a todos como voava e viveu feliz para sempre.

Autor: Ian Hou
Editor: Afonso Ruas

As asas da lontra Bernardina


Era uma vez uma lontra. Ela era cientista e chamava-se Bernardina. Ela tinha um sonho, e esse sonho era ter asas para conhecer o mundo.
No Inverno a sua amiga Águia Pesqueira contava-lhe sobre o frio e a neve.
No Verão o seu amigo Perna - Longa contava-lhe sobre o calor dos desertos.
Um dia quando estava no seu laboratório ouviu um estrondo, seguido por um choro. Então foi ver o que se passava e reparou num borrelho–de–coleira–interrompida que chorava.
- À dias que me dói a perna, mas nunca dei muita importância. Então hoje caí sobre a tua toca.
- Espera aí! Eu tenho um creme que cura todo o tipo de feridas. É que eu ando a tentar criar asas e só me sai coisas malucas com estas.
Depois do Borrelho estar melhor, levou-a aos jardins do Sapal.
-Que lindo – disse a Lontra Bernardina.
-Ainda bem que gostas tenho uma surpresa para ti tenho aqui: esta murraça deve ser o ingrediente que te falta!
-Muito obrigado.
Então ela foi depressa para o laboratório experimentar a murraça que o Borrelho lhe deu. Então fez a sua lenga–lenga: Tira que põe mexe que gira (3 vezes).
Depois de a Lontra Bernardina experimentar a poção sentiu uma comichão estranha e foi ver logo o que se passava e reparou no seu corpo que tinha ficado cor-de- -rosa.
Voltou para o seu laboratório e começou a lamentar-se:
-À coitadinha de mim! E agora o que hei-de fazer?
Em quanto a lontra continuava a lamentar-se bateram á porta. Era a Andorinha-do-mar anã:
- Por favor ajuda-me: os meus ovinhos estão em perigo porque os homens construíram um canal nas dunas da Ria Formosa.
Então a Lontra Bernardina vestiu o fato de banho e pela corrente chegou ao sítio onde se encontrava o ninho com os ovinhos, que estava prestes a cair. Salvou-os e levou-os para um lugar mais seguro. Então a andorinha, para lhe agradecer, deu-lhe estorno e disse-lhe:
- Tenho a certeza que é o ingrediente que te falta!
- Muito obrigado!
E lá voltou ela para o seu laboratório a nado e fez a poção com o estorno, fez a sua lenga-lenga e provou a sua especiaria. Ficou com muita comichão, e reparou que estava com os bigodes de todas as cores. E ela lamentava-se:
-Ai coitadinha de mim estou cor-de-rosa e com os bigodes de todas as cores!
Ouviu-se a bater á porta do lado de dentro de água e a lontra foi abri-la.
Era a Doutora Dourada, que pedia ajuda, pois os ovinhos da Maternidade estavam a ser levados pelas correntes do rio.
A lontra vestiu o seu fato-de-banho e foi ao rio para ir salvar os ovinhos.
Bernardina, quase a chegar lá, nadou contra a maré, e lá consegue salvar os ovinhos, colando-os às algas com a sua super-cola 3.
A Dourada, pelo seu esforço, dá-lhe um saco de plâncton.
- Toma. Este saco de plâncton é a tua recompensa por teres salvo os ovinhos da Maternidade. É, com certeza, este o ingrediente que te falta para conseguires ter as tuas asas. Mas antes de ires fica aqui comigo a ver os ovinhos a eclodirem.
E um a um dos ovinhos saem peixinhos de todos os tipos.
Depois disto, Bernardina volta para o seu laboratório e faz a sua lenga- lenga, três vezes, como era seu hábito.
E, ao sentir uma comichão, vai olhar-se ao lago e estava cor-de-rosa, com os bigodes com todas as cores do arco- íris e às bolinhas azuis.
Entretanto, o seu namorado, o Abana- Abana foi visitá-la. Bernardina não queria que o namorado a visse assim. O Abana- Abana começou a cantar e disse que não parava enquanto ela não lhe abrisse a porta.
Bernardina pensou duas vezes e abriu-lhe a porta. O Abana- Abana quase caiu para o lado, quando a viu assim, cor de rosa, , com os bigodes às cores e às bolinhas azuis.
Bernardina contou-lhe a história de ter ajudado o Borrelho com a perna ferida, os ovos da Andorinha- do- mar anã e a s ovas da Maternidade em risco.
-Já tentaste misturar os ingredientes todos?- pergunta o Abana- Abana.
-É isso!!!- diz, alegremente, Bernardina.
Bernardina começa a fazer a sua lenga- lenga três vezes.
E, repentinamente, Bernardina volta a ter a sua cor normal. Após isso, começa a sentir uma comichão nas costas, e, momentos depois, umas lindas asas brancas surgem das costas de Bernardina. A lontra mal conseguia acreditar: o seu maior sonho, finalmente, tornara-se realidade. Bernardina voava em círculos, aos ziguezagues, enfim, de todas as maneiras que se possa imaginar.
- Convidaram-me para uma festa na Baixa- Mar para cantar e , enquanto eu estiver a cantar, tu tiras uma gabardina que vais ter vestida no momento, e começas a voar!- disse o Abana- Abana.
Bernardina concordou, e lá foram à festa.
Se o Abana- Abana bem pensou, melhor ainda o acontecimento se realizou: enquanto ele cantava, Bernardina entra, tira a gabardina e desata a voar, surpreendendo toda a gente que ali estava presente.
Bernardina voava livremente sob o céu estrelado: ela nunca se sentira tão feliz.
Aquelas asas fizeram de Bernardina a lontra mais feliz do mundo.
Portanto, se fores à Praia do Barril, mantêm os olhos bem fixos no céu: nunca se sabe onde pode estar a lontra Bernardina.




Baseado no livro “ Os Contos do Mago”

As asas da lontra Bernardina





Era uma vez uma lontra chamada Bernardina, e essa lontra tinha um sonho que era ter asas.
Ela tinha um laboratório muito grande e lá tinha muitas prateleiras cheias de frascos e também tinha um enorme e preto caldeirão para fazer as suas poções mágicas.
Um dia estava muito bem no seu laboratório e um borrelho-de-coleira levou-lhe morraça. Podia ser este o ingrediente que lhe faltava para que a sua poção funcionasse.
E a Bernardina disse:
- Tira que põe, mexe que gira.
E assim repetiu mais duas vezes seguidas.
E, depois de ter tomado a nova poção, de repente ficou cor-de-rosa em vez de ficar com asas, estava muito desiludida com o resultado da sua experiência.
No dia seguinte, a Andorinha – do – mar – anã entra-lhe pela casa a dentro a pedir-lhe que a ajuda-se a salvar o seu ninho porque estava no meio das dunas a ser levado pela corrente. A andorinha – do – mar – anã pediu à lontra que fosse com ela ver o pôr – do – Sol, pois Bernardina a ter ajudado a salvar o seu ninho. Lá foram, e a andorinha – do – mar – anã deu-lhe um ingrediente chamado estorno flexível que podia ser o que lhe faltava.
E a Bernardina disse:
- Tira que põe, mexe que gira.
E repetiu mais duas vezes.
E depois dessa experiência, ela tomou a nova poção e ficou com um arco – íris nos bigodes.
No dia seguinte bate-lhe à porta uma Dourada que lhe deu um pacote saboroso de plactôn.
E a lontra Bernardina disse:
- Este deve ser o ingrediente que me falta.
Lá disse as suas palavras mágicas:
-Tira que põe, mexe que gira, tira que põe, mexe que gira.
E assim repetiu mais uma vez.
E o seu namorado entra-lhe pela casa a dentro a cantar:
-Amore mio, te amo tanto.
E a Bernardina disse para si própria:
-Oh não, estou cor-de-rosa com pintinhas azuis e bigodes arco-íris e o meu namorado está a bater-me à porta. O que é que eu hei-de fazer?
-Minha querida Bernardina, abre-me a porta por favor, estou a ficar preocupado contigo.
E ela respondeu:
-Não te posso abrir a porta porque estou muito feia e não quero que me vejas assim.
E ele responde:
-Não faz mal minha querida, gosto de ti de qualquer maneira.
Ela abriu a porta e ele disse:
-Até não estás assim tão feia, mas já que juntaste um ingrediente de cada vez, tenta juntar os três ao mesmo tempo.
Ela juntou os três ingredientes, disse as suas palavras mágicas e finalmente o seu sonho concretizou-se, ela estava felicíssima. Quando o namorado a viu outra vez disse-lhe:
-Bernardina, vem comigo, vamos dar um concerto. Eu canto e tu danças ao som da minha voz. Vamos dar um grande espectáculo!
No dia do concerto, toda a gente os aplaudiu. Bernardina mostrou a todos as suas elegantes asas e rodopiou, mexe que gira, pelo céu deixando todos os animais que estavam na Festa da Baixa-Mar de boca aberta. Todos aplaudiam a Bernardina que estava felicíssima.
E assim viveram felizes para sempre!

Trabalho realizado pelo grupo dos Exploradores

As asas da lontra Bernardina


Era uma vez uma lontra chamada Bernardina que tinha um sonho. E esse sonho era ter asas. Todos os dias, a lontra Bernardina telefonava às suas amigas a perguntar:
- Será que as lontras têm asas?
E as suas amigas respondiam:
-Não, Bernardina, as lontras não têm asas!
Então a lontra Bernardina ficava decepcionada e triste por não conseguir concretizar o seu sonho.
Um dia resolveu ser cientista. Então, transformou a sua toca num enorme laboratório de alquimia, cheio de tubos de ensaio e outras coisas da ciência. E todas as manhãs, quando acordava, dirigia-se para o seu laboratório e tentava um monte de poções novas. Misturava os ingredientes mas sem conseguir o que queria. Ela já tinha feito uma pomada curadora que curava todas as feridas e até fez uma cola-super3 que colava tudo! Mas, as asas, não conseguia, de forma alguma, tê-las.
Um dia, de manhãzinha, a lontra Bernardina ouviu um barulho estrondoso e foi abrir a porta de cima. Era o Borrelho-de-coleira-Interrompida. Como o Borrelho era gago, demorou algum tempo a perceber que o Borrelho já há alguns dias que andava com dores na pata esquerda e quando foi voar caiu cheio de dores no telhado da toca da lontra Bernardina. A lontra Bernardina pôs a pomada curadora que curou logo a dor da pata esquerda do Borrelho. O Borrelho ficou tão agradecido, que convidou a lontra Bernardina para ir ver o sapal. A lontra Bernardina agradeceu e foi ver o sapal. No final, o Borrelho deu à lontra Bernardina uma morraça e disse que podia ser o ingrediente que lhe faltava.
A lontra Bernardina agradeceu-lhe e foi até ao seu laboratório. Preparou a base para a poção e recitou a frase, «tira que põe, mexe que gira», três vezes seguidas. Bebeu, e de repente ficou toda cor-de-rosa!!!
Ficou desesperada e um pouco mais tarde bateram à porta de cima. A lontra Bernardina não podia abrir a porta naquele estado mas acabou por abri-la. Era a Andorinha-do-Mar-Anã. A andorinha explicou-lhe que havia um rio que corria pelas dunas e ia direitinho ao seu ninho. Por isso ficou muito preocupada com o seu ninho.
A lontra Bernardina foi logo correr para salvar esse tal ninho. Quando chegou lá, o rio estava prestes a levar o ninho da Andorinha e nesse preciso momento a lontra Bernardina apanhou o ninho. Assim, a Andorinha ficou mais descansada e convido a lontra Bernardina a ver aquele pôr-do-sol maravilhoso. A lontra Bernardina aceitou e no fim a Andorinha-do-Mar-Anã deu à lontra Bernardina um estorno e disse-lhe que podia ser o ingrediente que lhe faltava.
A lontra Bernardida agradeceu-lhe e foi até ao seu laboratório. Preparou a base para a poção e recitou a frase «tira que põe, mexe que gira», três vezes seguidas. Bebeu, e ficou com dois bigodes arco-íris!
A lontra Bernardina ficou desesperada e nesse momento alguém bateu à porta de baixo. Mas como é que a lontra Bernardina iria abrir a porta naquele estado? Mas lá foi abri-la e era a Dourada. A Dourada explicou á lontra Bernardina que havia uma corrente de água muito forte que estava a descolar os ovinhos que estavam na maternidade.
A lontra Bernardina vestiu o seu fato-de-banho, os seus óculos de natação, na SuperCola3 e foi salvar os ovinhos que estavam na maternidade. Nadou e colou os ovinhos um a um nas algas.
A Dourada ficou-lhe tão agradecida que convidou a lontra Bernardina para ver os ovinhos. No fim, a Dourada deu-lhe um saco de plâncton, a lontra Bernardina agradeceu-lhe e foi para o seu laboratório. Novamente fez a base da poção e recitou a frase «tira que põe, mexe que gira», três vezes seguidas. Bebeu, e desta vez ficou com bolinhas azuis! Primeiro ficou cor-de-rosa, depois ficou com dois bigodes arco-íris e agora ficou com bolinhas azuis!? Que desgraça.
Mais tarde, bateu à porta o seu namorado Abana-Abana que ficou muito preocupado com a Bernardina e sugeriu-lhe que ela misturasse os três ingredientes numa só poção. Foi o que Bernardina fez, «tira que põe, mexe que gira» e já está. Mexeu tudo muito bem no seu caldeirão mágico e bebeu a nova poção. Finalmente as asas lhe tinham saído! A lontra Bernardina começou a rodopiar, a dançar no ar, felicíssima!
O Abana-Abana também ficou feliz por ver que a sua namorada finalmente tinha realizado o seu sonho. Lembrou-se que ia haver uma festa na baixa-mar por isso sugeriu à lontra Bernardina que tapassem as suas asas numa capa preta e, que, enquanto o Abana-Abana estivesse a cantar, a lontra Bernardina tirasse a capa preta e começasse a dançar no meio do palco. A lontra Bernardina aceitou a proposta e assim foi. A festa tinha sido de arromba e quando a lontra Bernardina tinha mostrado as asas, até os berbigões pensaram que as lontras tinham sempre tido asas!
E ainda como se isto não chegasse, o Mago Zoico que tinha assistido à festa nomeou a lontra Bernardina como naturalista do Reino Ceno! Pois em vez de a lontra Bernardina ir viajar com as suas asas, ficou ali, na sua terra natal, onde poderia ver o sapal, que tinha visto com o borrelho; aquele maravilhoso pôr-do-sol que poderia ver um monte de vezes e aqueles ovinhos tão transparentes com os peixinhos lá dentro. A lontra Bernardina queria passar mais tempo na sua terra natal pois ela era maravilhosa.


Fim

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

As Asas da lontra Bernardina


Era uma vez uma lontra que queria ter asas. Era mesmo o seu sonho, ter asas e voar como um pássaro. Até que um dia telefonou às suas amigas para perguntar se tinham asas, mas todas as suas amigas lontras responderam que não. Certo dia ela ouviu uns pius de dor…
-Ui, ui, ui.
Era o Borrelho – de – Coleira – interrompida que estava a gemer com dores. Era um grande amigo da Bernardina e procurou por ela para que o ajudasse.
A Bernardina foi logo ver o que se passava. Ao Borrelho – de – Coleira - interrompida doía-lhe a pata, estava deitado mesmo em cima da toca da Bernardina.
-O que se passou Borrelho? – Perguntou a Bernardina.
- É que já há dias que me doía a pata e hoje estava a voar e deu-me uma dor que não aguento.
- Espera! Acho que tenho uma boa solução. Fiz uma poção que cura as feridas! – Disse a Bernardina.
E lá foi ela buscar a poção. Ofereceu-a ao Borrelho que a bebeu sem hesitar pois a dor se mantinha. Depois de a ter tomado ficou como novo. Já não sentia dor e estava com bem de saúde. Convidou então a Bernardina para um passeio no Jardim e ofereceu-lhe morraça verde como gratidão pela poção magnífica que curou a sua dor. O Borrelho aconselhou a Bernardina a misturar a morraça numa das suas poções, de modo a obter a poção certa para lhe crescerem asas. A Bernardina lá foi para o seu laboratório de alquimia e trabalhou muito para conseguir uma boa poção. Mas com apenas a morraça não conseguiu as asas que tanto queria. Apenas conseguiu adquirir uma cor toda moderna, rosa choque toda gira. Claro que não ficou nada satisfeita.
No outro dia recebeu mais uma visita. A andorinha-do-mar-anã foi visitá-la muito aflita, pois o mar na Praia do Barril estava quase a chegar ao seu ninho que estava construído perto das dunas. A corrente estava muito forte e a Andorinha estava desesperada, com medo de perder os seus filhotes. A amiga Bernardina vestiu imediatamente o seu fato de mergulho, meteu os seus óculos de mergulhadora e lá foi, nadando, experimentando todas as posições de braços e pernas possíveis. Chegou mesmo a horas de salvar o ninho e os ovinhos da Andorinha. Como agradecimento, a Andorinha ofereceu-lhe estorno flexível para que ela pudesse utilizar no seu laboratório. Claro que a Bernardina foi correndo para casa e juntou mais este ingrediente à sua poção mas nada conseguiu. Apenas conseguiu continuar com aquela cor rosada e mais um bigode arco-íris. A Bernardina já estava desesperada, sem conseguir as suas asas e agora com os bigodes.
No dia seguinte, bateram à porta da sua casa. Era a dourada sua amiga também muito preocupada pois como enfermeira chefe que era, queria salvar os ovinhos da grande corrente do Oceano. A Bernardina ajudou a enfermeira Dourada a colocar os ovinhos num sítio seguro e a dourada como recompensa ofereceu à Lontra plâncton. Com o plâncton, a Bernardina fez uma nova poção, mas esta também não lhe deu as asas que ela tanto queria. E assim, conseguiu apenas ficar com a sua cor rosada mais uns bigodes arco-íris e agora mais com bolinhas azuis.
Bernardina chorou, triste por não conseguir o seu sonho. Sentindo a sua tristeza, o seu amor Abana-Abana, foi visitá-la. Bernardina não se queria mostrar mas depois de muita insistência por parte do seu namorado, abriu a porta. O Abana-Abana ficou de boca aberta e Bernardina explicou-lhe tudo o que tinha acontecido, as três visitas que tinha recebido e como tinha feito três poções diferentes com cada um dos ingredientes oferecidos pelos três amigos. O Abana-Abana teve uma ideia e disse:
- Oh, Bernardina. E se misturasses os três ingredientes mágicos.
Foi o que a Bernardina fez e num momento de magia e imaginação misturou no seu caldeirão gigante a morraça, o estorno e o plâncton. Tira que põe, mexe que gira e já está. Bebeu a nova poção e trimplintim, champarim. As asas saíram-lhe lindamente e Bernardina voltou a ter a sua cor natural.
Feliz experimentou logo as suas novas asas e foi juntar-se com todos os outros animais na festa da Baixar-Mar. No baile estava tudo a bombar e Bernardina apareceu, tirou o seu casaco e todos admiraram as suas novas asas. Até o mago Zoico bateu palmas e juntou-se aos outros animais marinhos na grande Festa da Baixa-Mar. Bernardina voou, voou, rodopiou, cantou e deslizou no céu estrelado.
E com o tira que põe, mexe que gira acabamos esta história.

Realizado por: Ana Rainho, Érica Sousa, Patrícia Cruz e Henrique Lopes
Baseado no livro contos do Mago.

Continuação do Conto "As asas da Lontra Bernardina"


Depois do enorme sucesso de ter asas, a nossa querida Bernardina ficou com o importantíssimo cargo de proteger os Céus, a terra e a água de todo o Algarve.
Um dia o seu querido Abana Abana ia ao bar de cantores, mas antes de entrar alguém o raptou…
A Bernardina aflita foi atrás do raptor mas ao virar de uma esquina ele desapareceu. Ela passou a noite toda a procurar e a pensar:
-Ele não pode ter ido muito longe…a não ser que seja um raptor voador, é isso!
Então ela foi a voar para o seu laboratório e começou a fazer uma lista de todos os animais voadores do Algarve.
E assim foi, ela andou a investigar, passo a passo, ia descobrindo mais pistas e riscando nomes até que exclamou:
- Encontrei penas, um chapéu com um bebé e um bebé, já sei! A Cegonha! Mas porque?
Nesse mesmo instante ouviu-se uma voz:
-Por inveja, - disse nas sombras a Cegonha – tu tens asas, podes andar na terra, mas o mais importante consegues nadar, o meu sonho foi sempre nadar e tu apareces do nada e voas andas e nadas é uma injustiça!
-Eu posso ajudar-te a ter qualidades para nadar, mas tens de soltar o meu querido Abanazinho - disse a nossa Bernardina.
-A sério? Hummmm, está bem.- concordou ansiosa a Cegonha.
E assim foi, a Cegonha foi buscar o Abana Abana e a Bernardina começou a fazer as barbatanas dizendo a sua lengalenga:
-Tira que põe, mexe que gira, tira que põe mexe que gira, tira que põe mexe que gira.
-Aqui esta bebe isto e terás barbatanas
Então assim foi o Abana Abana voltou para a Bernardina e a Cegonha ganhou barbatanas mas ficou presa por 30 anos.
-Se calhar não valeu a pena - chorava a cegonha na prisão.

Autor:Ian Rai e Duarte Matos