quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O derretimentimento da Calota Polar


Você já deve ter ouvido falar no aquecimento global. Nos últimos 100 anos, a temperatura da Terra cresceu 0,5ºC e, embora isso não pareça muito, meio grau pode causar um efeito muito grande sobre o planeta. De acordo com a EPA (Agência de Protecção Ambiental dos EUA), o nível do mar elevou de 15 a 20 centímetros nos últimos 100 anos.
Essa elevação na temperatura pode estar a fazer com que alguns icebergues flutuantes derretam. Os icebergues são grandes pedaços de gelo que, para flutuar, eles deslocam um volume de água igual ao próprio peso. Os submarinos usam este princípio para elevar e afundar na água mudando o seu peso.
Porém, os icebergs podem ter um papel muito pequeno na elevação dos níveis do oceano. Os icebergs são grandes pedaços de gelo congelados que se separam das massas de terra e caem no oceano. A temperatura em ascensão pode estar a fazer com que mais icebergues se formem ao enfraquecer os pedaços de gelo, criando mais rachas e aumentando a probabilidade do gelo se quebrar. E quando o gelo cai no oceano, o nível dele eleva-se um pouco.
Se a elevação da temperatura afecta os pedaços de gelo e icebergues, as calotas polares poderiam estar sob risco de derreter e fazer com que os oceanos se elevem? A resposta é sim. Porém, ninguém sabe quando isso pode acontecer.
A principal massa de terra coberta por gelo é a Antárctica, no Pólo Sul, com cerca de 90% do gelo de todo o mundo (e 70% de sua água potável). A cobertura de gelo na Antárctica tem uma espessura média de 2.133 metros, o que nos leva ao cálculo de que se esse gelo derretesse, o nível do oceano subiria cerca de 61 metros. Mas a temperatura média na Antárctica é de -37ºC, então o gelo lá não corre risco de derreter. Na verdade, na maior parte do continente, a temperatura nunca chega acima do zero.
Já do outro lado do mundo, no Pólo Norte, o gelo é bem menos espesso do que no Pólo Sul. E no Oceano Árctico, o gelo já está a flutuar, o que significa que os níveis do mar não seriam afectados se derretessem.
Outra quantidade significativa de gelo está sobre a Groenlândia, que adicionaria mais 7 metros aos oceanos, se derretesse. Como a Groenlândia está mais próxima do equador que a Antárctica, suas temperaturas são mais altas, o que cria uma probabilidade maior do gelo de lá derreter.
Mas pode haver uma razão menos dramática do que o derretimento do gelo polar para elevar o nível do oceano: a elevação da temperatura da água. A água atinge sua maior densidade a 4º Celsius. Acima e abaixo desta temperatura, a densidade da água diminui (o mesmo peso de água ocupa um espaço maior). Então, conforme a temperatura geral da água aumenta, ela naturalmente se expande um pouco e faz com que os oceanos se elevem.
Em 1995, o IPCC (Grupo Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) emitiu um relatório que continha várias projecções sobre a mudança do nível do mar até o ano 2100. A estimativa foi de que o nível do mar subiria 50 centímetros. A elevação seria resultado da expansão térmica do oceano e do derretimento dos pedaços de gelo e das calotas polares. Em 2007, a projecção se ampliou para 59 centímetros e os cientistas estimam que o Pólo Norte pode sumir nesse ano. É importante perceber que 50 ou 59 centímetros, apesar do que imaginamos, não é pouco, e afectaria bastante as cidades costeiras (especialmente durante as tempestades).

Fontes:
http://ambiente.hsw.uol.com.br/questao473.htm

1 comentário:

amigos dos animais disse...

coitadinhos dos ursos polares!!!!
devem morrer de frio dentro dakela água gelada!