Tabaco é o nome comum dado às plantas do género Nicotina, originárias da América do Sul, das quais é extraída a substância chamada nicotina. Os povos indígenas da América utilizavam o tabaco com fins medicinais, em cerimónias. Foi trazido para a Europa pelos espanhóis no início do século XVI. Era mascado, ou então aspirado sob a forma de rapé. O corsário Sir Francis Drake foi o responsável pela introdução do tabaco em Inglaterra em 1585, mas o uso de cachimbo só se generalizou graças a outro navegador, Sir Walter Raleigh. Um diplomata francês, de nome Jean vNicot (de onde deriva o nome da nicotina) aspirava-o moído (rapé) e percebeu que aliviava as suas enxaquecas. Desta forma, enviou uma certa quantidade para que a então rainha da França, Catarina de Médicis, o experimentasse no combate às suas enxaquecas. Com o sucesso deste tratamento, o uso do rapé começou a popularizar-se.
O hábito de fumar o tabaco como mera demonstração de ostentação se originou na Espanha com a criação daquilo que seria o primeiro charuto. Tal prática foi levada a diversos continentes e, somente por volta de 1840, começaram os relatos do uso de cigarro. Neste ponto, a finalidade terapêutica original do tabaco já havia perdido seu lugar nas sociedades civilizadas para o hábito de fumar por prazer. Embora o uso do cigarro tenha tomado enormes proporções a partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), foi apenas em 1960 que foram publicados os primeiros relatos científicos que relacionavam o cigarro ao adoecimento do fumador. Pesquisas em âmbito mundial a respeito dos perigos do tabagismo são amplamente divulgadas, não cedendo espaço para dúvidas ou más interpretações. Tais pesquisas vêm demonstrar que o significado médico-terapêutico do tabaco caiu por terra há décadas, cedendo lugar ao combate à dependência química que as substâncias constantes do cigarro causam:
- Câncro de pulmão- Câncro de boca- Câncro de laringe- Câncro de estômago- Leucemia- Infarto do miocárdio- Enfisema nos pulmões- Bronquite- Trombose vascular
Malefícios do tabaco
O tabaco é proveniente de uma planta chamada Nicotina. Nele encontramos, para além da nicotina, um número muito grande de outras substâncias tóxicas.
Habitualmente, o tabaco serve para ser fumado através do cigarro, do charuto ou cachimbo. No entanto, há quem prefira cheirá-lo (nesse caso usa rapé) ou então mascá-lo (é o chamado tabaco de mascar). O cigarro é o mais consumido, tanto pelos homens como pelas mulheres, e o seu uso pode acontecer em qualquer época da vida, provocando habituação. Os fumadores acabam por ficar viciados de tal forma que, mais tarde, quando querem largar o tabaco, têm imensa dificuldade, recorrendo então à ajuda de médicos e farmacêuticos.
Infelizmente, em Portugal, o primeiro contacto com o cigarro acontece muito cedo, por volta dos 12-14 anos, sobretudo entre os estudantes do sexo masculino.
Os fumadores podem apanhar doenças graves, tais como a pneumonia e o cancro. Sabe-se também que, quanto mais cedo se iniciam neste vício, mais dificuldade têm em libertar-se dele. Durante a gravidez, se a mãe fumar, o feto também “fuma", recebendo as substâncias tóxicas do cigarro através do cordão umbilical. A nicotina provoca o aumento do batimento cardíaco no feto e várias alterações de origem nervosa, para além de fazer diminuir o seu peso. Entre outras complicações que surgem durante a gravidez, o risco de aborto é maior nas mães que fumam.
Durante a amamentação, as substâncias tóxicas do cigarro são transmitidas também para o bebé através do leite materno. Os fumadores não são os únicos expostos ao fumo do cigarro, as pessoas que não fumam também são atacadas por ele; basta estar ao pé de um fumador para se ser também prejudicado